Unaí passa a ocupar a “categoria B” no Mapa do Turismo Brasileiro

Por Ricardo Ribas

Significa que Unaí alcança a mesma classificação de cidades históricas e estâncias hidrominerais do Estado para os órgãos que administram a pasta do turismo nos governos de Minas e do Brasil. Entre outras vantagens, o reconhecimento permite a Unaí atrair recursos oriundos do Ministério do Turismo. Para Igor Diniz, gestor do Circuito Turístico Noroeste das Gerais e Alto Paranaíba, o salto de Unaí da categoria C para B deve-se ao “trabalho árduo” que o município vem realizando na pasta do turismo municipal. “Nunca se pensou o turismo como hoje é pensado em Unaí”, afirma o gestor da instância de governança regional. A escala de classificação vai de A a E.

A secretária municipal de Cultura e Turismo, Luciana Navarro, atribui a conquista ao “dever de casa” que o município fez, quando deu respostas às demandas do setor nas instâncias governamentais de Minas e do Brasil. O pleno funcionamento do Conselho Municipal do Turismo, a ativação do Fundo Municipal de Turismo, o ingresso de Unaí na Associação do Circuito Turístico Noroeste das Gerais e o cadastramento das empresas (hotéis, restaurantes, bares, farmácias, postos de gasolina) nos órgãos estadual e federal de Turismo foram fatores primordiais para que o segmento avançasse.

O cadastramento de Unaí no Mapa do Turismo Brasileiro foi fator preponderante de avanço, de acordo com a secretária. E o papel da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), como órgão gestor municipal, foi mobilizar os empreendedores da cidade para que fornecessem informações que deveriam constar do cadastro.

“Somente os empresários poderiam fornecer as informações sobre seus empreendimentos. Mas fizemos de tudo para facilitar o trabalho deles no preenchimento dos dados”. Para conseguir o objetivo, porém, houve uma grande mobilização nos meios de comunicação e o envolvimento dos parceiros Associação Comercial e Sebrae. “Com toda essa mobilização, fomos a campo e conseguimos cadastrar muitos empreendimentos”, conta Luciana. Esse cadastro municipal deve ser atualizado de dois em dois anos.

Na prática, qual o ganho de Unaí com isso? Luciana explica que uma das vantagens é o retorno de parte do dinheiro público que a Prefeitura gasta com ações e atividades turísticas. Despesas com a Festa do Boqueirão, com a Festa da Moagem e outras que integram o calendário oficial de eventos do município são exemplos. Para o retorno parcial de recursos gastos pelo município, todavia, a Sectur deve apresentar extratos de despesas do Fundo do Turismo, relatório técnico e registro fotográfico dos eventos oficiais.

A outra vantagem é o município de Unaí figurar no Mapa do Turismo Brasileiro, no qual constam os potenciais atrativos turísticos e as informações sobre os empreendimentos ligados à cadeia produtiva do turismo no município, como hotéis e restaurantes.

Atividade turística

Existe turismo em Unaí? A cidade tem potencial para atrair visitantes? São perguntas recorrentes, a que muitos respondem negativamente. Luciana Navarro, ao contrário, responde afirmativamente às duas indagações. Para ela, sim, Unaí possui um intenso turismo ligado à cadeia produtiva do agronegócio, que enche os hotéis da cidade de segunda a quinta-feira; tem um turismo religioso crescente, ligado principalmente às festas, como a de Santo Antônio do Boqueirão e à Encenação da Paixão de Cristo na Semana Santa; e ainda possui forte potencial turístico vinculado à aventura (ciclismo, escalada – pedra do Canto, trekking), à visitação de grutas e ao turismo rural (circuito em fazendas, estadias em hotéis-fazenda, restaurantes rurais).

O turismo de negócios, ligados à cadeia produtiva do agro, já está consolidado na cidade, que recebe visitantes em dias úteis da semana. Os “visitantes” vêm fazer negócios e movimentam hotéis, restaurantes, lanchonetes, farmácias, postos de gasolina, borracharias, bancos, lotéricas, enfim, movimentam uma intensa gama de empreendimentos.

Para explorar o turismo de aventura ou científico, envolvendo a visitação de grutas e cavernas, no entanto, o município ainda precisa percorrer uma longa estrada. Luciana Navarro explica: “Para oficializar o turismo nesses locais, é necessário antes ter um plano de manejo. Isso exige o trabalho de várias políticas públicas. É um trabalho que deve ser feito no médio prazo e requer uma prioridade de investimento, com aplicação de dinheiro e contratação de pessoal técnico especializado”. Ela reconhece que a base para ampliar o segmento já foi construída. Basta avançar.

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL – FONTE: Assessoria de Comunicação – PMU – ARP 30/19