ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA ABRIU O ANO COM 150 NOVOS ALUNOS

Por Ricardo Ribas

Olhos brilhantes. Atenção focalizada. Curiosidade acentuada. Nenhum “ruído” na sala de aula. Essa a postura dos alunos do curso de iniciação instrumental em violão, em sua primeira aula, na tarde dessa terça-feira, 11 de fevereiro. A Secretaria Municipal de Cultura planejou, inicialmente, oferecer 120 vagas – 80 para violão iniciante e 40 para musicalização (instrumento de sopro). Com o aumento na procura, o número de vagas foi ampliado, resultando em 150 matrículas. A exigência para se matricular é que o aluno tivesse mais de oito anos de idade, estivesse estudando, e portasse seu próprio instrumento. O início das aulas foi na segunda-feira (10/2) para os alunos de musicalização. Os professores são o maestro da Banda Municipal Lira Capim Branco, Elias de Jesus Pires, e o maestro-adjuto da banda, Cléber da Silva Costa, ambos vinculados à Prefeitura de Unaí.

Captamos a imagem dos alunos de olhares atentos e curiosos na Escola Municipal de Música José Antônio Filho (Seu Zeca), que funciona nas dependências da UAI Hermes Martins (antigo Sesi), e acompanhamos duas turmas em suas primeiras aulas de violão. Postura musical para tocar, maneira de pegar o instrumento, movimento dos dedos, notas musicais e suas cordas correspondentes, partes que compõem o violão. Isso e muito mais eram a novidade a ser aprendida e memorizada, por isso acompanhada com muita atenção pelos alunos. Quinze formavam a primeira turma naquela tarde. A média de idade era de 20 anos. Já a segunda turma, com 17 participantes, possuía uma média de idade que não ultrapassava os 12 anos. As aulas de violão ocorrem às terças e quintas, de manhã e à tarde. São ministradas no contraturno escolar do aluno. A maior parte dos alunos encontra-se na faixa etária dos 8 aos 17 anos.

Diante de nossa ansiedade em saber sobre o tempo de evolução dos alunos durante o curso, já que começam do zero, o professor Elias conta que “o iniciante de violão começa a sentir a diferença (evolui bem) a partir da quinta aula”. Ele atribui o resultado à metodologia adotada, “que facilita o aprendizado para iniciantes de qualquer idade”. O primeiro módulo do curso, iniciado nesta semana, só termina em dezembro. Ao fim desse módulo, o aluno já deve ser capaz de formar acordes básicos, juntando harmonicamente notas musicais. Na Escola Seu Zeca, o limite de avanço do aluno de violão vai somente até o fim do segundo módulo. Nesse estágio, o aluno já consegue solar uma música, executá-la por inteiro no instrumento. Se quiser avançar, tem de procurar aulas particulares.

MUSICALIZAÇÃO E BANDA

No campo da musicalização (instrumento de sopro), um dos objetivos é formar alunos para a Banda Municipal. Foram oferecidas, inicialmente, 40 vagas, mas também o número de inscritos foi maior que o planejado, e houve a necessidade de expansão nas matrículas. As aulas de musicalização ocorrem às segundas e quartas-feiras, nos dois turnos.

O maestro Elias admite que “pinçar” componentes para a banda dentro da escola nem sempre é tarefa fácil. “Exige muita observação”, ele afirma. Requer um trabalho de “garimpagem”, já que o aluno precisa ter, além de aptidão musical, vontade e interesse de servir à Banda Municipal. A Lira Capim Branco é mantida pela Prefeitura de Unaí, via Secretaria de Cultura e Turismo. Os músicos são voluntários, somente o maestro titular e o adjunto são remunerados pelo município.

“Quando sabemos que algum morador de Unaí toca um instrumento, vamos atrás para verificar o interesse da pessoa em integrar a banda”, revela Elias, elogiando os membros da Lira Capim Branco. “Eles são dedicados e tocam por amor. Não recebem dinheiro, mas recebem o carinho da sociedade unaiense”. No ano passado, a Banda Municipal fez cerca de 50 apresentações nos mais variados eventos. Fechou o ano com 38 músicos integrantes. “Uma mescla de músicos mais experientes com outros novatos, ainda estudando. Mas, todos tocando”, arrematou o maestro.

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